No fascinante reino da alquimia, há uma expressão que ressoa como um chamado ancestral, uma trilha que conduz os buscadores da verdade: VITRIOL. Essa palavra, mais do que uma simples sequência de letras, carrega consigo o eco de séculos de sabedoria alquímica, representando uma jornada filosófica em busca da pedra filosofal, o elixir da transformação.
VITRIOL, um acrônimo derivado do latim “Visita Interiora Terrae, Rectificando, Invenies Occultum Lapidem“, é mais do que uma fórmula. É um convite para adentrar as profundezas da alma, uma poesia sussurrada pelo universo para aqueles que buscam desvendar os mistérios do próprio ser.
“Visita o interior da Terra“, a primeira parte do VITRIOL, é um convite para uma jornada interior. É uma sugestão para explorarmos as cavernas da nossa existência, mergulharmos nas profundezas do nosso ser, onde os segredos mais profundos e ocultos aguardam. É como se a Terra, mãe de todas as coisas, nos chamasse para desbravar os recantos escondidos de nossa própria terra interior.
“Rectificando“, a segunda palavra, traz consigo a ideia de retificação, correção, ajuste. Nessa fase da jornada, somos convidados a olhar para dentro de nós mesmos com um olhar crítico e honesto. É um convite para retificar aquilo que está desalinhado, para corrigir os desvios no caminho da autenticidade. Assim, as impurezas são gradualmente eliminadas, revelando a verdadeira essência que reside em cada um de nós.
“Invenies Occultum Lapidem“, a última parte, é o culminar da jornada. Encontrar a pedra oculta é descobrir a essência mais pura e preciosa do nosso ser. Essa pedra filosofal, que pode parecer inicialmente obscurecida pela lama da existência, é, na verdade, o tesouro escondido que aguarda a alquimia interior. É a descoberta do eu verdadeiro, lapidado pela jornada, uma jóia rara que reflete a luz do entendimento e da sabedoria.
A pedra filosofal é, simbolicamente, o elixir que transforma os aspectos menos nobres da nossa natureza em virtudes elevadas. É a transmutação das imperfeições em virtude, do chumbo em ouro, da escuridão em luz. Essa jornada alquímica é uma dança cósmica entre a escuridão e a luz, entre a terra e o céu, entre o visível e o invisível.
Ao adentrar esses domínios da alma, percebemos que a jornada não é apenas individual. “Visita o interior da Terra” nos convida a explorar não apenas nosso próprio eu, mas também a conexão intrínseca com a Mãe Terra. É um reconhecimento de que somos parte de algo maior, uma sintonia com a matriz que nos sustenta.
Antes de buscar os grandes mistérios do universo, somos orientados a estabelecer uma harmonia com a Terra, a reconhecer nossa interdependência com a natureza. A pedra filosofal não pode ser encontrada sem antes reconciliar-se com a fonte primordial de nossa existência.
A jornada com VITRIOL é também uma jornada de autenticidade. Exige humildade para reconhecer e corrigir nossas imperfeições, coragem para enfrentar as sombras do inconsciente, e paciência para permitir a transformação acontecer no seu próprio ritmo.
Em última análise, VITRIOL é um convite para uma dança eterna com a sabedoria cósmica. É uma ode à busca incessante da verdade, à transmutação contínua da alma, e à descoberta da pedra filosofal que reside no âmago de cada ser. Que essa jornada alquímica inspire a todos nós a explorar as profundezas da nossa própria existência e a encontrar, dentro de nós mesmos, a joia preciosa que é a nossa verdadeira essência. ✨🌌
Vamos entender um pouco mais sobre a figura?
Perceba que a figura do vitriol tem esta forma arredonda, isso porque ela é uma pedra.
O Sol e a Lua são as polaridades que no ser humano devem estar reunidas, que é o principio masculino e feminino, e através desse casamento alquímico é gerado o elixir que possui a essência espiritual destas duas grandes forças. O cálice recolhe este elixir, e ele está apoiado sob o Mercúrio filosófico, que pode ser refletido também como a matéria-prima da obra, no qual dá origem aos metais e toda manifestação material.
Os símbolos planetários (Vênus, Marte, Saturno e Júpiter) representam as diferentes fases do Processo Alquímico, no qual fazem parte dessa nossa jornada de busca pela Pedra Filosofal.
Os planetas também exercem influência nesse Ser composto por espirito e matéria, no qual faz parte da ordem de toda esta galáxia, e o alquimista entende que existe uma relação grande entre os planetas e metais.
“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.” – Hermes Trismegisto (O Caibalion)
Na imagem também há três escudos unidos a um círculo central pelas correntes. No primeiro escudo, há a imagem da águia bicéfala, metade vermelha, metade branca; o segundo apresenta um leão e o terceiro, uma estrela de sete pontas. Entre os escudos aparecem dois globos: o Céu e a Terra.
A grande obra é voltar-se para dentro, conhecer quem somos, harmonizar aquilo que somos com aquilo que expressamos fora, e colocar todo aquele sentimento de Amor e paixão pela humanidade para fora, porque nosso exterior também mostra isso.
O ser humano foi criado para residir no paraíso, mas o destino para o qual fomos criados não foi seguido. Porém, nós não saímos do paraíso, apenas mudamos nosso ponto de vista do que ele é. Acreditamos que saímos daquela condição, e tudo que acreditamos, é. Nós passamos a não sentir essa presença de Deus em nós porque a parte material nos chama tanta atenção que esquecemos quem somos na realidade, e achamos que é essa briga material. Nós perdemos esse conceito de união com Deus, ele não nos abandonou, nós que deixamos de senti-lo e reconhece-lo.
É preciso achar o caminho do meio, e a estrela setenária nos ajudará nessas reflexões. Recomendo que leia o post aqui no templo explicando sobre ela. ^.^
Espero que tenha ficado claro sobre o Vitriol. ♡
Reflita sobre essa fórmula poderosa e adentre cada vez mais os Mistérios que circundam perante esta nossa realidade dual, pois é nos segredos da Mãe que encontraremos os caminhos para expandir nossa consciência perante o Todo. A centelha divina que habita em ti espera ansiosamente pelo teu relembrar.
Conheça você mesmo, só assim encontrará o seu objetivo, o seu verdadeiro Eu, a tua pedra oculta. O Vitriol é um convite para o autoconhecimento. Saiba do seu poder, das suas forças, saiba da sua necessidade. As forças universais querem te guiar. Permita-se.
Com amor,
Mandy.